quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Técnicas fundamentais para tratar com as pessoas (Parte 3)

COMO FAZER AMIGOS E INFLUENCIAR PESSOAS.

Princípio 02 - Faça um elogio sincero e honesto.

    Existe apenas um meio de conseguir que alguém faça alguma coisa. Você já meditou alguma vez nisto? Sim, apenas um único meio. E este meio é conseguir que a outra pessoa queira fazer. Lembre-se: não existe outro caminho. O único processo pelo qual posso conseguir que você faça alguma coisa é dando-lhe o que você quer.
   Que quer você?
   Sigmund Freud disse que tudo em você e em mim emana de dois motivos: a necessidade sexual e o desejo de ser grande. John Dewey, o mais profundo dos filósofos da América, opina um pouco diferentemente. Diz que a mais profunda das solicitações na natureza humana é "o desejo de ser importante" Guarde esta frase: "o desejo de ser importante".
O desejo de sentir-se importante é uma das principais diferenças entre as pessoas e os animais. Foi o desejo de ser importante que levou um empregado num armazém, pobre e sem ilustração, a estudar alguns livros de direito que encontrara no fundo de uma barrica de objetos pessoais descartados e que comprara por cinqüenta centavos. Você, por certo, já ouviu falar deste empregado de armazém. Chamava-se Abraham Lincoln. Este desejo faz você querer usar roupas da última moda, dirigir os últimos carros e falar sobre seus inteligentes filhos.
   Certas autoridades declaram que algumas pessoas atualmente se tornam doentes muita vez para encontrar na terra dos sonhos da insanidade a consideração que lhes fora negada no áspero mundo das realidades muita gente se torna assim porque encontra na insanidade a satisfação da consideração que sempre almejou e que não teve facilidade de encontrar no mundo real.
   O médico-chefe de um dos mais importantes hospitais para loucos conta o seguinte caso:
"Tenho agora uma cliente cujo casamento foi uma verdadeira tragédia. Ela queria amor, satisfação sexual, filhos e prestígio social; mas a vida trouxe-lhe o aniquilamento de todas as esperanças. Seu marido não a amava. Recusava-se mesmo a fazer as refeições com ela, obrigando-a a servir os alimentos no próprio quarto. Ela não teve filhos, nem destaque social. Tornou-se louca; e, em sua imaginação, divorciou-se do marido e retomou seu nome de solteira. Acredita agora que se consorciou na alta aristocracia britânica e faz questão de ser chamada de Lady Smith. No tocante aos filhos imagina que tem um novo bebê cada noite. Sempre que chego para visitá-la, diz-me: ‘Doutor, tive um filhinho a noite passada’.”
   Quando, há poucos anos atrás, se realizou um estudo sobre esposas que abandonavam os maridos, qual foi a conclusão a que se chegou? "Falta de reconhecimento". E posso até mesmo atestar que um estudo sobre os maridos que abandonam as esposas levaria à mesma conclusão. Em geral nos acostumamos tanto com a presença de nossas esposas (maridos), que nunca nos lembramos de dizer-lhes o quanto estimamos.
   Um amigo relatou-me a respeito de um pedido feito por sua esposa. Ela e um grupo de companheiras da igreja estavam seguindo um programa de auto aperfeiçoamento. A mulher solicitou ao marido que a ajudasse elaborando uma relação com as seis coisas que, segundo ele, ela poderia fazer para se tornar uma esposa mais eficiente. Ele relatou: "Esse pedido me deixou surpreso. Francamente, não me teria sido difícil relacionar seis coisas nas quais gostaria que ela mudasse - e ela, por sua vez, poderia ter relacionado milhares de coisas em que eu poderia mudar -, mas não o fiz. Em vez disso, disse-lhe: “Vou pensar nisso e amanhã pela manhã dou uma resposta”. Na manhã seguinte, levantei-me muito cedo, liguei para uma floricultura e pedi que entregassem seis rosas vermelhas à minha esposa, acompanhadas de um cartão com os dizeres: “Não consigo me lembrar de seis coisas em que você poderia mudar. Eu a amo do jeitinho que você é”.”
   "Quando cheguei em casa naquela noite, adivinhem quem me recebeu à porta? Exatamente. Minha esposa! Estava quase chorando. Nem preciso dizer, fiquei extremamente contente por não tê-la criticado como me pedira.”
   "No domingo seguinte, na igreja, após minha esposa apresentar os resultados de sua missão, muitas das mulheres com quem ela estudava procuraram-me e disseram: “Foi o gesto mais cortês que vi em toda a minha vida”. A partir de então compreendi que poder tem a apreciação."
   Todo conferencista ou orador sente a inutilidade de seu desempenho quando não recebe da audiência o menor comentário elogioso. O que se aplica a profissionais aplica-se duplamente àqueles que trabalham em escritórios, lojas e fábricas e aos nossos familiares e amigos. Nas nossas relações interpessoais, não devemos nos esquecer de que nossos companheiros são seres humanos e que, como tais, desejam ouvir uma palavra que os valorize. É a moeda legal que todas as almas apreciam.
   Experimente deixar um rasto amistoso de pequenas centelhas de gratidão à sua passagem. Você se surpreenderá em ver como elas acendem chamas de amizade que alumiarão sua trajetória numa próxima visita.
   Magoar as pessoas não apenas não as modificam, como jamais as despertam para suas atividades. Há um velho ditado que recortei e coloquei sobro o meu espelho, onde, inevitavelmente, sempre o vejo: "Passarei por este caminho uma só vez; por isso, se existe qualquer bem ou qualquer gesto de bondade que eu possa fazer em benefício do ser humano, que eu faça já. Que eu não o adie ou negligencie, pois por aqui jamais passarei".
   "Todo homem que encontro é superior a mim em alguma coisa. E neste particular eu aprendo dele". Deixemos de pensar nas nossas qualidades, nos nossos desejos. Experimentemos descobrir as qualidades boas de um outro homem. Esqueçamos então a bajulação. Façamos um honesto e sincero elogio. Seja "sincero na sua aprovação e pródigo no seu elogio e as pessoas prezarão suas palavras, guardando-as e repetindo-as durante toda a vida - repetindo-as anos depois, quando você já as tiver esquecido.
   A diferença entre o elogio e a bajulação? É simples. Um sincero e a outra insincera. Um vem do coração; a outra da boca para fora. Um é altruísta; a outra é egoísta. Um é universalmente admirado; a outra universalmente condenada.

Você tem o hábito de elogiar? Já fez isso hoje? Acredita que vale a pena tentar?

* Artigo extraído do livro “como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” de Dale Carnegie.

Nenhum comentário:

Postar um comentário